quinta-feira, 7 de outubro de 2010

All you need is love, pequena Julia

Quantas coisas a gente precisa ensinar pra um filho? Quantas coisas a gente precisa aprender com ele? A medida que a gente vive e vai amadurecendo, vê que não sabe nada sobre as pessoas ou sobre o mundo. Quando a questão dinheiro deixou de ser a principal na decisão de ter um filho, pensamos muito no que ensinar, e principalmente se a gente vai dar conta de ensinar o que é preciso.
E aí é que eu quero te falar algo sobre a nossa pequena família, minha filha. A tua essência é feita de amor, de todo amor que teu pai e eu sentimos um pelo outro. É de todo esse carinho,admiração, respeito e cumplicidade que tu foste gerada. E acreditamos papai e eu, que pra essa vida valer a pena, pra ser feliz de verdade, tudo o que precisamos é de amor!

...

Palavras do Papai: minha filha, o titulo deste pequeno post diz tudo, o que sentimos, o que desejamos, tudo o que pensamos pra ti. É incrível que todos estes sentimentos possam ser resumidos em uma única palavra: Amor. Então nada melhor do esta música, "Tudo que é preciso é amor".

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu não me importo tanto assim, mimimi...

Tem trouxa pior do que aquele que fica tentando se convencer o tempo todo de alguma coisa?
As pessoas perguntam: "é um menino ou menina vindo por aí?" eu faço a maior cara de de convicção e respondo "olha, eu não me importo tanto assim..." Baita mimimi... Claro que me importo!
Te dar um nome, pensar nas suas roupas e nas nossas brincadeiras, começar a treinar tranças e chiquinhas ou então, novos barulhos de sirenes, dinossauros e canhões com a boca.
Na ecografia com 14 semanas tinha um bebê tão agitado na barriga, que foi impossível ver qualquer coisa. Na ecografia com 16 semanas tinha um bebê sentado de pernas cruzadas e com as mãos na cabeça, a médica cutucou, cutucou e nada. A pedido da ecografista eu virei pra todos os lados e chacoalhei um pouco, a posição continuou a mesma.

Hoje eu tenho médica, e tô com o pé atrás porque dia desses liguei pra tirar uma dúvida e achei que ela não foi tão simpática quanto eu merecia (oi?) Esse fato me deixou em dúvida, mas eu decidi que estou disposta a repensar a nossa relação se eu ganhar uma nova guia pra fazer ecografia.
Se por um acaso a GO não sugerir o exame naturalmente,(já pensei nesse detalhe também)e decidi que Rodrigo estará disposto a implorar.

Então se tudo sair como estou planejando, teremos encontro marcado amanhã minha pessoinha querida. Seu pai ligará para todas as clínicas e hospitais até a gente encontrar uma horinha pra te ver!

Vira pra mamãe, vira!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Das coisas simples e especiais

Fui visitar meus pais ontem a tarde. Carinho gostoso de cobertas na sala, pipocas quentinhas e filme.
Na hora de ir embora, meu pai nos levou até o portão. Rodrigo saiu andando na frente, e não acompanhou os minutos em que paramos os dois pra olhar o céu.

A lua alta, o céu cheinho de estrelas, um avião que passou, olhamos pro outro lado e no mesmo instante repetimos juntos “olha lá, uma estrela cadente!”

Quando eu era pequena, uma vez minha avó me contou que aquele traço brilhante que a gente via percorrer o espaço num piscar de olhos, era parte do reino dos deuses que acabava caindo por acidente quando eles abriam buracos no céu pra espiar o nosso mundo. Por isso, logo ao ver a estrela a gente fazia um pedido, pois naquela hora os deuses estariam olhando pra nós.

Como pode em dois segundos a gente lembrar de tanta coisa? das coisas simples e mais especias do mundo!
O pedido? Que possamos, meu pai e eu, cruzar nossos olhares muitas outras vezes na mesma direção.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Onde nasce o amor?

Todo mundo espera, e talvez seja mesmo o mais comum, que a mulher fique grávida e desenvolva um amor profundo e infindável pelo bebê que carrega dentro de si.
Mas a verdade é que nem sempre isso acontece. E o que fazer se além de tudo esse bebê foi planejado, desejado e demorou mais de um ano até chegar?

Eu também não sabia o que fazer, e tive medo. Por isso me afastei. Talvez todo pesadelo inicial, e o cápítulo sangramento/dor/hematoma/médico/medo/medo/medo tenham contribuído pra tudo ficar pior. E quando eu dei por mim o bebê era um intruso, e eu já não tinha mais nenhuma intimidade com aquela barriga crescendo.

A crise e a culpa são inevitáveis pra quem passa por um momento assim. Fiquei procurando em qualquer detalhe o amor que eu sentia, e que num repente já não estava mais ali...o que fez tudo mudar no meio do caminho? Foram dias de muito sofrimento, de muito conflito e de um aprendizado muito valioso.

Acordei um dia precisando desesperadamente de uma identificação, precisava encontrar alguém que já tivesse passado por essa experiência. Em vão procurei no google, procurei em sites e encontrei, somente um fórum americano de mulheres que desabafavam sobre o quanto não gostavam da gravidez. Fiquei por horas traduzindo e lendo cada história. E depois daquele fórum eu descobri muita coisa. Muitas mulheres certamente já passaram ou vão passar por isso.
Mas a vergonha e o medo de serem julgadas vai calar esse sentimento, e isso possivelmente tornará as coisas muito piores.

Sobre isso o que eu posso dizer? É fundamental buscar toda ajuda necessária. Terapia, amigos, apoio do parceiro são fundamentais nesse processo. Eu tive apoio, é só por isso consegui me sentir melhor e só por esse carinho consegui publicar esse post hoje. (que na verdade começou a ser escrito tem algumas semanas)

Rodrigo não é só o meu marido, é o meu melhor amigo, e me deu força sempre, e me fez acreditar que o tempo de amar ia chegar.

E a Carol ela é uma irmã que o meu coração escolheu, no meio do que a gente ganhou e perdeu, essa amizade tomou uma proporção gigantesca, e as coisas sempre são mais fáceis quando ela está por perto.

Esses dois amores aí, me deram tempo o meu tempo.
E por causa desse amor deles, é que o amor que eu carrego voltou pra mim.

No meio de tudo, eu confundi muita coisa. Em nada o que eu vivi tem a ver com o meu filho.
A gestação me trouxe um medo desesperador, uma fase de muita angústia, e quase tudo eu deixei de curtir pra ficar presa nesses sentimentos. Eu comecei a perder a privacidade do meu corpo, as pessoas passando a mão na barriga, levantando a minha roupa pra "ver o bebê" me incomodaram e eu não soube fazer isso parar. Os milhares de palpites "dos que sabem de tudo" minou a minha confiança e me fez sentir infantil.

Agora eu sei que a fase de gestar não é a mais amada por mim, que eu quero logo um bebê nos braços, mas sei que o caminho é esse.
Que eu talvez eu nunca seja uma apaixonada por gravidez, mas sou amarradona nessa pessoinha que mora aqui! Eu amo meu filho, mas não amo estar grávida.

E sabe, filho, você vai nascer da minha barriga, mas foi primeiro no meu coração que você cresceu. O seu irmãozinho não vai nascer da barriga da mamãe, mas como você, tem muito tempo que ele já crescia no meu coração.

E essa história, ainda continua.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como me sinto?

Já tem mais de 20 dias que eu não sei o que é fazer qualquer coisa em casa.
Vou trabalhar, mas em casa minha rotina é sofá, banheiro e cama.
E isso tem acabado comigo!
Acho chato, Rodrigo ter que fazer tudo pra mim, lavar a louça, cuidar das roupas, arrumar a casa, varrer e até passar as minhas roupas...meu Deus quanta inultilidade a minha!!
Não sei o que acontece, não tenho enjoado, não tenho vomitado, e tenho pouca azia. Ainda assim, a sensação que eu tenho é que estou em slow motion e não é preguiça, é fraqueza mesmo! Uma indisposição constante me acompanha.
Por favor, alguém em meu socorro pode dizer que isso passa? Tenho horror só de pensar em passar nove meses assim.
Noite dessas Rodrigo fez uma sopa, e eu não tinha condições de levantar direito o braço pra levar a colher na boca! Assustador.

Eu nunca achei que gravidez fosse a coisa mais fácil do mundo, mas eu ainda não experimentei a parte boa de estar grávida(pode me achincalhar) eu não consigo me animar em ver uma roupinha, móveis, ou qualquer coisa pro bebê. Gente, eu não consigo nem arrumar a minha cama!

Começo a desconfiar que posso estar muito anêmica, ou com falta de alguma vitamina, isso não me parece normal.

Eu continuo achando tudo de bom ter um filho pra chamar de meu. Continuo agradencendo a benção de ser mãe, ainda assim é hipocrisia dizer que me sinto bem.

Não sei como seria sem o apoio do marido, com a maior paciência do mundo, com a maior boa vontade do mundo e com o maior carinho do mundo!

Eu que ERA adoradora do inverno! Achava gostoso. Sentia mais disposição no frio do que no calor.
Maaas nunca pensei que fosse dizer isso, to querendo que o inverno termine de uma vez. Esse frio tá uma bosta, o apartamento tá um gelo, e acho que isso tem me deixado mais indisposta ainda. Volto do trabalho ao meio dia, e depois do almoço a minha rotina é colocar o pijama (sim, ridículo, eu passo o dia de pijama) deitada no sofá, com as cobertas até as orelhas e com um aquecedor de ar ligado na cara!

Já com sentimento materno, eu lembro sempre da Débora e do Vicente, da merda que deve ser toda a rotina com um bebê pequeno nesse frio. As trocas de fralda e o banho devem ser um filme de terror, em Porto Alegre, não tem estufinha de ar que resolva.

Eu nunca senti falta de ter ar condicionado em casa, mas pela primeira vez, o frio tá beirando o insuportável pra mim.

Fui fazer exames, não tinha lugar pra estacionar porque o hospital está lotado!!! Muitos hospitais aqui de Porto Alegre nem tem mais leito pra acomodar tanta gente com infecções e problemas respiratórios por causa do frio.

A Débora tem toda razão, inverno é coisa pra rico! E eu to muito longe da riqueza...

Eu tinha mais coisas pra contar, mas aí as queixas aumentariam consideravelmente. Então, hoje começo uma série de exames e conforme estiverem prontos eu dou notícias.

Fui.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nome próprio para a Pessoinha.

Pois então, o negóski é que estamos em discordância total!
Os nomes pra menina atéééé que a gente entrou num acordo. Julia, Helena ou Olívia.
Acontece que, alguma coisa dentro do meu ser, me diz que carrego um exemplar masculino.
E acho que esse instinto não falhará. E aí que o maior perrengue aqui, é a gente concordar com o nome de menino.
Eu já pensei em fazer o trato, menina marido escolhe, menino eu escolho, mas aí eu penso e me sinto sacaneando, porque né, algo me diz que é menino.
Rodrigo queria Miguel, e eu não quero. Eu queria Martín, e ele não quer. Nós dois adoramos Francisco (mas aí é melhor colocar logo Chico, que é assim que vão chamar o muleque) e aí vem outra coisa que eu não gosto, até hoje eu só escuto meu nome inteiro quando a minha mãe vai me xingar. Pro resto do mundo eu sou Jô. Aí vocês vão me dizer que toda Mariana é Mari, sim pode até ser, mas eu impliquei! O que me leva a pensar que não quero nomes muito complexos de se entender, uma vez que, pra toda velha que não entende meu nome eu sou Giovana, Morgana ou Gordana, Oi?
Eu gosto de Benjamim e de Théo, e adivinha? Papai torceu o nariz, acha que ainda não é nenhum desses...
Maaaas tem um nome, O nome, que é O preferido, O mais lindo, O mais apaixonante. Heitor.
Acontece que só eu que acho isso tudo. Rodrigo, adivinha? Não gostou! Sofro!
Enquanto isso...para o nome da Pessoinha ficou combinado que nada tá decidido!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Que venham as pedras!!!

Tô cagando. O blog é meu e agora eu vou falar!
Tempo atrás eu li um post da Carol, eu não lembro qual, e agora tô com preguiça de ir lá ver qual era. Acontece que quando eu fui comentar, logo acima do que escrevi tinha uma moça, eu não lembro o nome dela (oi, do que eu lembro? será que tô grávida?) o que eu sei é que essa moça tinha feito um comentário sobre o post que eu achei um pouco forte. Mas pra minha surpresa e felicidade, essa é uma das pessoas que pensa sobre as coisas que escreve, talvez porque ela saiba que as palavras tem um peso forte, principalmente quando passamos por um momento difícil!
E o que a amiga comentarista fez: ela republicou o comentário dizendo que tinha apagado o comentário anterior porque as palavras escritas as vezes soam diferente do tom que a gente gostaria de passar, e aí "refalou" tudo o que queria, mas de forma bem mais leve.
Amei, achei muito digno da parte dela parar pra pensar naquilo que escreveu e se dar conta que aquilo poderia magoar quem já estava passando por uma situação complicada.
Minha gente, pra que julgar??? Dor e amor a gente não mede!!!
Se eu ler o blog de alguém e eu não concordar com a pessoa, existem mil maneiras diferentes de falar isso sem ser grosseira/petulante/fria/desagradável. É completamente desnecessário alguém que escreve sem o menor compromisso e seriedade. A real, nem escreva então!
Eu já vi isso acontecendo mil vezes em mil bloguinhos que eu amo acompanhar. Amigas que abrem o seu coração e fazem um desabafo, e muita gente sem noção comentando a primeira coisa que lhe vem a cabeça. E me dá raiva, sempre me deixa muito chateada.
Entendam, a opinião é válida, mas pense sempre na maneira como dizer as coisas, isso é o que nos torna diferente das crianças, nós temos a capacidade de avaliar antes de sair falando/comentando.
Quando a gente é treinante sabemos das agruras da espera, como machuca, como é difícil. Ai como é duro quando alguém fala da nossa tal hora que vai chegar. Ora a gente acredita, ora não. Aí a gente vai se segurando nas palavras e no consolo de quem já passou por essa espera, porque pra essas pessoas a dor de esperar também doeu, e a hora delas também chegou.
O complicado quando a gente é treinante é encontrar pelo caminho os descompromissados com o sentimento alheio, aqueles que acham exagero, mimimi e frescura e que se limitam a murmurar um relaxa e sequer sabem do que estão falando.
Quando finalmente o bebê chega não é diferente, as coisas acontecem dentro da gente, e não tem como saber se estão acontecendo da maneira certa. Mas é assustador, porque aparecem sintomas repentinos e diferentes quase todos os dias. O dia da consulta médica parece levar meses pra chegar e os exames parecem ser marcados de uma década pra outra. Enquanto isso...a gente segue o baile enjoando, com cólicas, com corrimentos estranhos e com uma tensão infinita. E se tiver sorte, não vai ter sangramento/hematoma/repouso/medo pelo caminho. Aí como na fase em que se era treinante, alguém fala que vai passar, que é fase e que depois melhora. Ora a gente acredita, ora não. Aí a gente vai se segurando nas palavras e no consolo de quem já passou por essa angústia. E vê que apesar de tudo essas mães estão aí, embalando os seus bebês. Maaaas sempre tem algum ser “quase humano” que sem a menor noção sai falando que é frescura, que é exagero, que não é bem assim. E normalmente esses “quase humanos” não tem filhos. Alguns não tem nem vergonha na cara. Que cara? Alguém que assina como anônimo...
Outros tem nome, mas ainda assim, se recusam a crescer e tem atitude de criança de três anos de idade.
Que mundo melhor seria, se todos os pais ensinassem seus filhos, ainda quando crianças que as palavras tem um peso, que o que dizemos tem o poder de construir ou destruir, e principalmente que quando não podemos melhorar o que está em silêncio, então devemos ficar calados!

terça-feira, 6 de julho de 2010

E aqui em casa

Finalmente reina a paz!!!!!!!!!!!!!
E eu nem lembrava mais o que era ficar tranquila.
Ficou tudo no passado sangramento/dor/hematoma/médico/medo/medo/medo.
Não tem mais hematoma nananinanão!!!! Como??? Também não sei, pergunta pro cara dos milagres, Ele certamente sabe a resposta!
Ainda sinto pequenas cólicas, é verdade, mas eu estou bem!!!!
Pessoinha continua aqui, crescendo, crescendo!
Tô tãããããããããããããão feliz! Tudo lindo, tudo rindo, tudo em paz.

Ah, nem precisa falar mais né?

sábado, 19 de junho de 2010

Em poucas palavras

Ah, filho quando penso que meu amor por você não tem mais para onde ir, lá vem ele transbordando, inundando, torrencialmente, incondicionalmente! Você ainda tão pequeno, é tão GRANDE em minha vida...

Escutei essa música repetidamente hoje, cantei pra você.
Ela explica a sua chegada por aqui.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Filhote em capítulos

Capítulo I: A médica e o furacão emocional.

Fui na consulta com a especialista em reprodução humana. Saí de lá confiante e cheia de exames pra fazer. Essa médica passou uma segurança incrível e afirmou que estaria do nosso lado.
No último ciclo algo me dizia que o bebê estava por aqui, até o exame de farmácia a mesntruação estava atrasada há três dias.
Leio o blog da Carol, ela está grávida! Choro muito, felicidade por ela, ansiedade por mim.
Faço o exame, negativo. Sinto alguma coisa desmoronar dentro de mim. Saio do banheiro enfurecida com o xixi negativo e começo a ter acessos de loucura. Abro as gavetas da mesa do escritório, pego a pasta com os nossos exames. Rasgo todos eles, deixo bem picado pra não ter a chance de colar depois. Desmarco os exames que deveriam ser feitos naquela semana. Cancelo a consulta com a médica. E excluo o blog.
São dois dias inteiros de choro, quase o tempo inteiro. Não quero comida, não quero marido, parece que nunca vou parar de chorar.
No meio desse horror escrevo um email pra Carol, felicito pelo bebê e conto meu drama.
Aos poucos vou conseguindo juntar os pedaços que restaram de mim e faço o possível pra melhorar.
Quando já me sinto mais forte entro no msn. Preciso saber se a Carol está bem, e preciso me desculpar por todo o desabafo em um momento tão feliz pra ela.
Mas não é bem isso que aconteceria....

Capítulo II: A Carol e a descoberta online

(conversa mais ou menos assim)

Jordana...
- Oi Carol, como tu está?

Carol..
- Oi querida, fiquei preocupada por não saber de ti, estava te escrevendo um email.

Carol...
- tudo bem, ainda meio perdida com tudo, mas muito feliz!

Jordana...
- como te falei no email entrei num furacão emocional, rasguei exames, desmarquei a médica, excluí o blog. Acho que fiquei tão mal por romper com tudo ao mesmo tempo.
Durante mais de um ano fiz o melhor que eu pude, aí não aguentei mais. Agora já me sinto melhor.

Carol...
- e a menstruação já veio?

Jordana...
- não...

Jordana...
- pois é amiga, até pensei que era somente atraso normal, mas agora já são 9 dias. Tô com medo, mas não tenho coragem de fazer outro teste

Carol...
- o mesmo tempo de atraso que eu estou

Jordana...
- Ai

Carol...
- mas tem que ver isso, não é normal alguém ficar esse tempo todo sem menstruar, pode ser algum problema mais sério, que precisa ser visto.

Carol...
- se vc for ao médico a primeira coisa que ele vai perguntar é da menstruação. Estando atrasada a primeira coisa que ele vai pedir é um exame de gravidez

Jordana...
- putz, nem tinha pensado nisso...

Jordana...
- não vou ter coragem pra fazer outro exame

Carol...
- posso te acompanhar online se quiser

Jordana...
- quero!!!

Jordana...
- será que vou ter que esperar pra fazer o teste de manhã? tô que nem tele sena, xixi de hora em hora

Carol...
- eu também

Carol...
- é bom segurar o xixi umas duas horas

Jordana...
- ai, não sei se consigo

Jordana...
- vou sair pra dar uma volta, aí passo na farmácia e compro um teste

Carol...
- Tenho uma reunião até ás 18h, depois disso estarei aqui

...

Nos despedimos e fui caminhar, andei, andei, e andei e veio com tudo a vontade de fazer xixi.
Resolvi voltar pra casa, antes, passei na farmácia e pedi "vê pra mim o teste de gravidez mais caro que tiver"
Não esqueço da sensação, saí da farmácia me mijando e borrada de medo de fazer o teste outra vez. Podia vir a menstruação, eu aguentaria...mas repetir o negativo, achava que não podia aguentar. Mas a Carol ia estar comigo, e isso já me deixava melhor

Entrei em casa e olhei no relógio, ainda faltava mais de uma hora pra Carol estar lá.
Eu não aguentava mais, precisava fazer xixi, fui no banheiro e levei o teste junto. Segurei por quase duas horas, podia fazer o teste, mas nunquinha que ia fazer isso sozinha.
Pra me distrair abri a caixa e fui lendo a bula.

PAUSA: aí acontece o mais louco da história toda, leio que duas linhas na cor azul, são sinal de positivo. Céus, eu lembrei que o teste anterior tinham as duas linhas (ou não, podia ser piração minha)
mas eu fiz o teste esperando duas linhas na cor rosa! Quando vi o azul joguei a bosta fora.
Fui igual cachorro vira lata, revirei todo lixo seco que ainda não tinha ido pra rua, rasguei os sacos e encontrei o teste. DUAS LINHAS AZUIS!!!
O pavor tomou conta de mim, ainda li que depois de dez minutos o resultado não tinha mais validade. E agora, será que era uma linha só e virou duas?? será que era rosa e virou azul??
DESPAUSA.

Corro pro msn, ainda faltava tempo pra hora que a gente marcou, mesmo assim eu grito (conversa mais ou menos assim)

Jordana...
- Carol, urgente, li a bula e vi que duas linhas azuis indica positivo, o outro exame tinha as duas linhas azuis. Mas eu esperava que fossem rosa!!! E agora Carol???
Será? Tô desesperada!!

Jordana...
- Vou ficar quietinha te esperando aqui!

PAUSA outra vez. O mundo ás vezes é muito cruel, faltando pouco mais de 10 min. pra hora que a gente marcou de se encontrar um transformador explode e faz a luz ir embora no bairro todo!
Ironia do destino, só podia ser piada!
Ainda penso em procurar uma lan house próxima, mas como eu ia mijar no bagulho estando lá?
Fico na frente do computador olhando pro nada. Segurando o xixi com todas as forças do meu ser!
A luz voltou por volta das 19:00h só deu tempo de enviar um email pra Carol avisando do acontecido e falando que tava desesperada esperando por ela!
PUF, lá se vai a luz outra vez. E eu sozinha em casa, Rodrigo tinha jogo de futebol e ia chegar mais tarde.
Durmo sentada, quando acordo a luz já está de volta. Mas é tarde, vou deitar.
DESPAUSA outra vez.

Eu acordo de manhã num pulo, espero Rodrigo sair. Corro pra computador, a Carol tava lá.

Jordana...
- bora fazer o teste??

Carol...
-vai lá correndo, te espero aqui

Jordana...
- vou levar o note pro banheiro

Jordana...
- pronto, to abrindo o teste aqui

Carol...
- to tensa

Jordana...
- também to

Jordana
- já fiz xixi num potinho de coleta de urina

Carol...
- mergulha a tirinha lá

Jordana...
- aham

Carol...
- ai

Jordana...
- ai

Carol...
- e aí?

Jordana...
- ai Carol, meu Deus!!!

Carol...
- E aí, tá grávida?!! Eu sabia!!!!!

Jordana...
- Carol, Tô Grávida!!!!!!!!!!!!!!

Depois disso todos os choros possíveis! Carol chorou, eu chorei...choramos de novo. E não tem preço ter vivido esse momento com ela!
Não fosse por todo carinho e apoio daquele dia, talvez eu nem soubesse ainda do bebê! Por queria que ela desse a notícia no blog.

Carol ainda queria que eu aprovasse o texto, pra que?? A arte de dizer mora na Carolina, mora sim! Ela contou o positivo em lindas palavras nesse post emocionante, surpresa pra vocês, surpresa pra mim!
Me deu um presente lindo, a música escolhida por ela. A primeira que dancei com o meu filho, e que transmitia exatamente o meu sentimento pela chegada dele Oh Happy Day!

Mas outras coisas ainda viriam...

Capítulo III: Dia de fé, sangramento inesperado

Fomos pra um encontro de casais por três dias, a convite de amigos nossos. Foi uma das experiências mais marcantes que já vivemos.
Palestras, conversas em grupo, conversas á dois. Falamos sobre a vida, sobre fé, sobre os filhos...sobrou carinho nesse encontro. Renovamos o nosso matrimônio em uma missa linda. Agora nós três.
Chegamos em casa exaustos e felizes e.... FESTA SURPRESA!
Cartazes, flores, velas, docinho, cachorrinho, família e amor!!!
Tias, tios, pai, mãe, primas, irmã, sobrinha...tudo tão lindo!
Mas um sangramento forte veio atrapalhar esse momento tão tranquilo, falei com a médica, segundo ela podia ser reação da vacina da gripe. Eu não tomei a vacina pra gestante...(eu nem sabia que era uma) podia ser reflexo da semana furacão emocional, por enquanto tudo ok, mas o jeito era esperar. Progesterona, ultragestan e buscopan. Evite peso, Faça repouso.
Vida em slow motion.

Capítulo III: Considerações finais.

Já fizemos US, tudo está bem. Estamos tomando a medicação e o repouso será mantido. O mais importante segundo a médica, é que pelo sangramento grande já poderíamos ter perdido o bebê.
Desespero?? Nem pensar! Nosso filho aparecia tão querido durante o exame "mãe, tudo legal por aqui" mesmo pequeno ele faz a parte dele, se esforça pra permanecer, não seria justo ficar chorando, deprimindo, e fazendo mal pro baby que sente tudo comigo!
Esse é o primeiro momento pra lembrar que a adulta sou eu!

Rodrigo e eu estamos mais unidos do que nunca. Jamais imaginei que pudesse renovar todas as formas de amor que sinto pelo meu marido!
Hoje sabemos, mais do que em qualquer outo momento, o quanto nos amamos e queremos estar juntos.
Esses milímetros que crescem dentro de mim, geraram uma imensidão de coisas boas na nossa vida, juntos, somos muito melhores.
Esse tem sido um tempo tão meu, de reflexão. Estou deixando todas as coisas se ajustarem dentro de mim, nesse momento parece que nenhuma palavra é capaz de conter o significado de tudo o que eu tenho sentido..por isso tenho escolhido o silêncio.
Quem fala muito, geralmente não consegue ouvir o que o coração precisa.

Quero agradecer cada comentário, cada email. Tudo ficou guardado dentro do meu coração.
Vocês são especiais!

E para a Carol, todo o meu carinho, essa nossa fase logo passa e a gente vai se abraçar pessoalmente, então nada mais precisará ser dito!

Beijos!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Oh Happy Day

por Carol

A vida tem caminhos incrivelmente misteriosos.

Quando eu comecei a escrever o meu blog, não tinha grandes intenções. Pensava em ter filhos sim, mas ainda era uma idéia distante e nebulosa. Mas aí fui pegando gosto por escrever, fui conhecendo pessoas ótimas e, em paralelo, foi crescendo a minha vontade de ter filhos.

Comecei as tentativas e, como o baby não veio tão rápido quanto eu esperava, minha tensão e tristeza acabaram despertando carinho das que me liam. Comecei a receber comentários cada vez maiores e mais encorajadores, depois alguns e-mails e finalmente, pessoas me adicionando em suas redes sociais e querendo conversar comigo por msn. E daí acho que comecei a fazer parte da vida delas e elas, da minha.

Construí uma conexão de amizade e carinho tão improvável, mas tão certo. Apesar de sempre ter tido blog, nunca fui dessas pessoas que se relacionam só por internet. E mudou tudo. E claro, às vezes me sinto meio estranha de pensar tanto em vocês, em participar das vidas de cada uma, sendo que eu nunca VI nenhuma ao vivo.

Mas, acho que isso não importa. Cada vez mais, acho isso.

Porque hoje, gente, hoje a vida me provou o poder que tem, mais uma vez, trabalhando e fazendo conexoes das formas mais incríveis.

Conheci a Jordana já não me lembro quando foi. Trocamos comentários, nos identificamos. Depois vieram os emails e o msn. Sabe esse tipo de pessoa que você sabe que seria sua amiga de qualquer jeito e você vê que a vida fez acontecer? É ela. Ela tentando ter seu sonhado baby há mais de um ano e eu há mais de 6 meses. Ela me dando conselhos sábios pra eu cuidar melhor de mim e eu falando besteira pra alegrá-la. E assim, a vida seguia. Combinávamos uma vinda dela a Buenos Aires, planejamos fotos, jantares e mil conversinhas.

Até que eu fiquei grávida. E ela sumiu. Senti sua falta, mas entendi que notícia de gravidez alheia nem sempre faz bem a uma treinante. Mas nao era bem isso.

Pouco tempo depois do meu anúncio, chegou um email dela me parabenizando, dizendo que estava muito feliz por mim e tudo mais. Mas que estava vivendo um momento muito ruim na vida, que tinha desistido do projeto baby, tinha ficado dois dias chorando muito, deprimida, sem esperanças. Sua menstruação estava atrasada há 3 dias, mas o testede farmácia tinha dado negativo. E pra ela, tudo isso era o fim.

Mal ela sabia que era o fim mesmo.

Ontem, uma semana depois desse email, nos encontramos online de novo. Eu perguntei da menstruação e, surpresa!, nada de menstruação ainda. Aí eu briguei. Não pode uma pessoa ficar 10 dias sem menstruar e achar que isso é normal! Não é! E falei tudo que achava pra ela. Que se não estivesse grávida, estaria com algum problema que precisa ser visto. E que a primeira coisa que um médico ia mandá-la fazer é um teste de gravidez.

Então, sabendo disso, vambora fazer outro? Ela concordou. E eu me ofereci pra acompanhar online, ela tinha muito medo de ser negativo de novo. Eu não. Daí que ela começa a se lembrar que o primeiro teste que fez, aquele causador da discórdia interna, tinha aparecido com duas listras. Mas ela considerou que aquilo era um negativo, já que estava esperando uma linha rosa. E as linhas duplas eram azuis.

Mas, já tinham passado muitos dias, ela já não sabia se aquelas linhas eram duplas, triplas, azuis, rosas ou amarelinhas. Tinha mesmo que fazer outro teste pra ter certeza.

E hoje, nós duas online, novo teste foi feito. Preciso contar o resultado?

Jordana tá GRÁVIDAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!

E posso contar mais? Exatamente do mesmo tempo que eu! E eu ainda tive a HONRA de poder contar aqui no cantinho dela, em primeiríssima mao!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAh!

E eu, que participei desse momento de descoberta AO VIVO, chorei tudo de novo que tinha chorado quando descobri a minha gravidez. Que incrível.

***

Amiga, foi uma honra acompanhar esse momento com você. Hoje é um dia feliz. O dia mais feliz!



Ouvi isso aqui várias vezes e chorei, chorei, chorei. Grita, canta, pula, esse momento é seu e é mais que merecido!

Te espero aqui em Buenos pra gente comemorar demais, chorar tudo de novo e trocar muitas experiências! É um prazer viver isso juntinho de você, que maravilha!

sábado, 22 de maio de 2010

Ela.

Aninha, gorduchinha, cabelos castanhos compridinhos, bem lisinhos, olhos verdes. Sorriso e sorriso. Nunca imaginamos esse nome pra nossa menina (Julia, Helena, Isabel, Marina) sempre foram as opções.
Mas ela já tinha um nome. Eu a seguro no meu colo e penso: "é minha, minha menina, não vou ter que devolver"
Aninha sorri como se pudesse escutar meus pensamentos.
Eu queria muito amamentar, mas a pequena decidida não aceita. Quer arroz e feijão.
Como ela cresceu, já tem 8 meses!
Depois de comer ela fica ainda mais simpática, espalha sorrisos, e é ágil com as mãos pequenininhas. Em pé no meu colo eu não resisto...aperto e faço cócegas, ela ri. Risadinhas altas, a gente se olha, se entende, se ama.
Durante as brincadeiras eu lembro...xiiiiiiii ela acabou de comer. Quase não completo o pensamento e um esguicho de vômito escorre no meu ombro.

....

Acordo, mas estranhamente Aninha ainda parece estar por aqui.
Será?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Do you wanna dance?

Chuva, chuvisco, chuvarada - cocoricó



Chove, mas como chove chuva, chuvisco, chuvarada por que é que chove tanto assim?
A terra gosta da chuva


E eu gosto da chuva também

Ela lá e eu aqui

Cocoricó

Quiquiriqui
Chove, mas como chove chuva, chuvisco, chuvarada por que é que chove tanto assim?


Lararáaaaaaaaaa
Quando chove


A terra fica molinha

A planta fica verdinha

E eu fico todo molhado com o pé na lama e nariz tapado

Minha vó me chama:"menino vem cá vem tomar chá, vem comer bolo de cenoura com cobertura de chocolate quente"

Bom, muito bom, muito mais do que bom

É excelente
Oh, que tarde tão bela!


Banana quente no forno com açúcar e canela
Chove, chove, chove deixa chover


Enquanto tiver bolo de cenoura agente nem vai perceber

chove, chove, chove, deixa chover

comendo banana quente agente nem vai perceber



Tudo né?!!! Aumenta o volume, arrasta a mesa e curte!

Ah, eu adoro!!!! Dança comigo???? Se não, vale tudo, marido, filho, cachorro, ou sozinha mesmo!



Beijo!!!







sexta-feira, 14 de maio de 2010

Post do Maridón

Olá a todas que acompanham o blog da minha esposa o “Enquanto isso...”.
Primeiramente, gostaria de dizer o quanto vocês são importantes em nossa vida. Mais na vida da Jordana é bem verdade, mas como ela constantemente fala em vocês e de vocês (fala bem, é claro) algumas passagens acabam me chamando atenção.

Estamos casados a um ano, somos super companheiros, e pouco antes de nos casarmos a Jordana me disse que queria logo um bebê . Na hora fiquei preocupado. “Não sei se é o momento, financeiramente e tal...” Nunca tive dúvidas quanto a vontade de ser pai e de ter filhos, apenas não sabia se aquela seria a época ideal de nossas vidas.

Uma pergunta que a Jordana fez me marcou. “Qual o momento ideal para se ter um filho?” quando tivermos uma situação financeira ideal? Quando tivermos mais um carro? quando tivermos 30 anos?

O fato é que não existe o momento ideal. Um filho é a concretização de uma família, que nos dá a oportunidade de trazer ao mundo um ser especial fruto da união e desejo de duas pessoas. Confesso que a cada vez que a “monstra” atrasava, eu ficava apreensivo, será que é agora? Na verdade a gente sempre tem aquela dúvida, “conseguirei ser um bom pai?” Eu to louco pra descobrir!

Esperamos muito por este bebê, vocês sabem, pois a Jô divide muito dela aqui no blog. O que eu faço nesse momento? Vou dando meu apoio (em todos os sentidos), Enquanto isso....

É muito difícil, saber o que se passa com as mulheres diante desta expectativa. Como confortar um sentimento que não conseguimos mensurar, nem entender? Porque na verdade nós, homens, sentimos sim quando a “monstra” aparece e frustra todos os planos e desejos. O certo é que nós nunca iremos sentir tanto ou com tanta intensidade como as nossas esposas. Até que o filho seja uma realidade “fora da barriga” somos quase expectadores de todo esse palco de emoções.

Mas porque sentimos de formas diferentes, não quer dizer que sejamos apenas parte da platéia.
Nós maridos, estamos junto nesse processo, mas nossas reações e emoções não são as mesmas. Como bem diz a Jordana, dor e amor a gente não mede. Por isso eu acredito que a compreensão e o companherismo são fundamentais nessa fase de tentativas. Dizer “não te preocupa, uma hora vai dar” ou “calma, não vamos desistir”, não resolve. Sim, algum dia o bebê vai chegar, é obvio que não vamos desistir. Mas quando as duas listras não aparecem no teste de farmácia, acho que as palavras não são suficientes. O conforto está em um cafuné, um colinho, um abraço bem de pertinho.
Quando um casal prepara seu alicerce para a chegada de um filho, esse sentimento está explícito no cuidado, no amor de um pelo outro, na vontade de gerar, criar e cuidar de uma família.

Abraços.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Se eles soubessem

Domingo de dia das mães, almoço com a minha mãe. Janta com a sogra. Tudo muito bem, tudo muito bom, até que depois da janta sentamos para ver televisão.
Intervalo durante o Fantástico e passa na íntegra a propaganda super bem pensada, sensível e dedicada as treinantes também!
Meu sogro, sogra e cunhada foram unânimes na opinião."Que bosta de propaganda, que coisa mais deprimente, essas propagandas tem que ser para as mães, não pra mulheres que não conseguem ter filhos"
Tenho certeza que corei...senti o rosto esquentar. Fiquei absolutamente constrangida.
Nem sei o que pensou o marido, mas ele estava ali, sentadinho também.
Aí eu fiquei pensando depois, algumas vezes eu me senti mal por não ter contado sobre as tentativas de engravidar, sobre o nosso desejo de um bebê. Muitas vezes me senti traindo a confiança deles.
E agora eu vejo, o mais importante nessa história somos o meu marido e eu. Se decidimos guardar esse desejo entre nós dois, não existe mal nenhum. Se em algum momento nos sentimos a vontade para comentar com alguém, beleza. Mas se não quisermos dividir isso, não estaremos cometendo crime nenhum.
Nunca disse pra minha mãe que estamos tentando, e nem quanto tempo. Mas ela sabe que queremos um bebê, também falo pra ela sobre o meu ciclo e sobre os médicos e exames.
O que vejo realmente, é que só compreende uma situação quem passar por ela.
Depois do comentário sobre a propaganda eu refleti e cheguei a conclusão de que contar pra qualquer um deles não ajudaria em nada.
Apenas geraria frustração e ansiedade. Então me amei mais, por ter pensado em mim primeiro, por ter me preservado e por dividir esta etapa das nossas vidas apenas com quem achamos que cabe nessa história!

Beijos!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ciúme da barriga

Três coisas bem feias pra confessar...

Primeira: fizemos aniversário de casamento dia 02 de Maio, eu não postei. Comemoramos muito, com muito namorinho e declarações, mas prometo um post.

Segunda: eu já recebi muitos selinhos, e quero dizer que amo cada um, mas que não sei direito como postar. Acreditem, não sei fazer quase nada no blog...mas eu vou aprender! Vou postar os meus selinhos sim!

Terceira: eu teria ciúme da minha barriga...dia desses marido e eu vendo televisão, não lembro a circunstância, mas comentei com ele que não deixaria pegarem muito no meu bebê.
Nem na barriga, muito menos fora dela. Feio, muito feio Jordana...
Não me orgulho nadinha desse sentimento, mas seria falsidade minha negar que ele existe.
Eu sei que quando alguém quer fazer carinho na barriga de uma gestante, ou quer pegar o bebê, é uma demonstração de carinho. Mesmo assim, eu sempre fico com aquele sentimento mesquinho...o bebê demorou tanto tempo pra chegar, que quando acontecer acho que não vou querer dividir com mais ninguém.
É como se fosse só meu, como se só eu soubesse como foi difícil estar com ele ali.
Claro que é importante tentar bloquear esse sentimento, e é lógico que amor é importante para a criança, que ela não é uma propriedade da mãe, e muito menos uma extensão dela...
Contudo eu admito, isso é difícil pra mim. Sim, certamente vou me livrar desse sentimento. (mas até lá, é só meu e eu não empresto!)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A minha mãe NÃO é.

Minha mãe não é metereologista: mas sempre diz “leva um casaquinho que vai esfriar”
Minha mãe não é médica: mas sempre diz “toma tal coisa que faz bem”
Minha mãe não é paramédica: mas ela sempre tem serenidade pra prestar socorro a um doente ou em caso de emergência.
Minha mãe não é enfermeira: mas um beijinho dela cura tudo!
Minha mãe não é piscológa: mas qualquer conversa com ela alivia mais que terapia.
Minha mãe não é nutricionista: mas ela sabe exatamente quantos quilos ou gramas perdi ou ganhei, só de me olhar!
Minha mãe não é cozinheira: mas pra nos convencer a comer ela sempre fazia “carinha” nas comidas.
Minha mãe não é advogada: mas ela sempre defende meu marido.
Minha mãe não é atriz: mas ela sempre disfarça pra que a dor dela não pareça tão grande quanto é.
Minha mãe não é poeta: mas é capaz de dizer as coisas mais poéticas, certas e lindas!
Minha mãe não é comediante: mas consegue me arrancar crises de riso fácil, fácil!
Minha mãe não é bibliotecária: mas quando eu era pequena ela oraganizava, catalogava e guardava todos os brinquedos, centenas de vezes, repetidamente.
Minha mãe não é teóloga: mas tudo o que sei sobre Deus, eu aprendi com ela.
Minha mãe não é professora: mas as lições mais preciosas da vida, foi ela quem me ensinou.
Minha mãe não é artista: mas desenha, pinta quadros, costura cortina, faz pijama pra neta, faz sabonete, creme hidratante, lembrancinhas do meu casamento, prega botão, pinta caixinhas, reforma móveis, faz tricô, usa tear, borda e entre uma coisa e outra, tem tempo pra ser a melhor mãe do mundo.
Minha mãe não é bruxa: mas se ela falar, acontece....
Minha mãe não é fada: mas tem mãos de uma....
O ditado diz “se conselho fosse bom, a gente vendia” e sério, se a minha mãe abrisse uma barraquinha de conselhos ela ficava rica. Pensa, materializa a sensatez na forma de uma pessoa conhecida, se não aparecer ninguém em mente, pensa na minha mãe! É garantido!
Tudo parece exatamente medido, e pensado nas atitudes dela. Mas qual o que! É tudo altamente expontâneo, fruto de equilíbrio e maturidade.
Eu admiro a minha mãe, e ás vezes fico olhando e olhando e me apaixonando mais por ela...que normalmente pergunta: “tá olhando o que” mal sabe ela, é tanto amor, tanto amor....
Aliás, ela sabe sim, antes de casar quando morava com os meus pais, antes de sair de casa pela manhã, eu sempre acordava a minha mãe pra dizer: “tchau mãe, te amo” e ouvir ela responder “vai com Deus.” Pronto, dia protegido, benção de mãe!
Até hoje automaticamente antes de sair de casa pela manhã eu penso “tchau mãe, te amo”
Alguma coisa me diz que de lá ela responde “vai com Deus”
Quem tem mãe precisa rezar pouco, tudo o que a gente pede em oração a mãe já pediu antes, é oração dobrada!
A minha mãe é a minha vida, e eu adoro dizer isso pra ela!
Na minha vida ela disse muitos “nãos”, muitos mais do que “sim” inerente a todas as boas mães. Tinha hora pra dormir, ela me obrigava a tomar leite (eca) e tinha que arrumar a cama e tirar os pratos da mesa. Mesmo com secretária e babá em casa. Minha mãe dizia que aquelas pessoas eram contratadas pra nos ajudar e que não eram nossas escravas. Que a gente tinha condição de arrumar a própria cama e que ninguém faria aquilo por nós
As palavras dela “minha filha, quem não sabe fazer, não sabe mandar” se tiver alguém pra te ajudar em casa, ótimo! Mas saiba lavar, passar, cozinhar pra não sofrer se a grana não permitir pagar alguém que faça!
Acho lindo ver como ela se descobriu vó, agora é hora de aproveitar! Nem acreditei, quando depois de um dia de trabalho eu chego na casa dela e ela diz “conta Cathê pra dindinha aonde tu foste com a vovó” as duas cúmplices passaram a tarde em um parque de diversões! Entre algodões doces e carrosséis...tudo porque a neta achou uma pena a vovó ter que trabalhar numa tarde tão linda assim!
Minha mãe me ensinou uma cartilha:
Sempre “por favor” “com licença” “obrigada” “minha filha a educação abre as portas”
Seja humilde “ninguém perde nada sendo hulmilde”
Sempre respeite os mais velhos, sempre!
Minha mãe é meu exemplo, não tive a sorte grande de ser fisicamente parecida com ela.
Nem de dançar lindamente como ela, minha mãe é bailarina, a postura é perfeita, pra andar no salto, nas sapatilhas ou diante da vida!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tempo de espera

A visita no orfanato foi incrível, confirmou o que eu no íntimo já sabia, quero um filho do coração!
Ao contrário do que poderia ser, a visita não despertou em mim qualquer sentimento de frustração, pena, tristeza... Ao invés disso eu percebi o quanto o afeto pode ser revelador. Na ala onde ficam os bebês, fiquei muito surpresa porque acreditava que ao pegar um deles no colo poderiam ficar assustados, estranhar e chorar. Não foi o que aconteceu, cada bebezinho que eu segurei nos braços permaneceu calmo, algumas embaladinhas junto ao peito e eles suspiravam, o corpinho ia ficando bem molinho, e então eles adormeciam. Gostoso demais!
A monitora da minha visita explicou que os bebês não estão acostumados ao aconchego materno, ali recebem atenção mecânica, troca de fraldas, alimentação, banho...não tem como receberem atenção exclusiva pois são muitos. Quando eles recebem carinho e colinho assim, relaxam mesmo!
Fiquei extasiada com o poder benéfico do toque humano, conhecia isso por pesquisas, crianças da família...mas com esses pequenos foi intenso, inesperado e mágico.
Ainda na visita, as crianças maiores não me deram muita conversa. Era dia de recreação, então recebi oizinhos e sorrisos de longe!
Um pequenino de 2 anos segurou a minha perna: "tia posso ir pra casa contigo?" Naturalmente eu fiquei de joelhos, peguei o menino no colo e respondi que eu não fui fazer a visita pra levar um deles embora, que eu queria ser amiga de todos e que voltaria lá muitas outras vezes! Ele ficou feliz, segurou meu rosto com a mãozinha melecada, deu um beijo e foi correndo voltar pra brincadeira.
A situação com o menino não me chocou, e eu sei o motivo. Certamente não poderei mudar a vida de todas essas crianças, mas sei também que pra fazer alguma coisa boa por alguém não é preciso tanto assim. Muitas vezes as pessoas deixam de ajudar movidas por uma falsa sensação de impotência, e creiam isso não é real.
Se eu não posso adotar todos e ser mãe deles, posso ser "tia" posso voltar lá e contar histórias. Posso não ter dinheiro para levar brinquedos a toda hora, mas posso levar balas e um montão de carinho!!
Fui na visita com essa intenção, de ajudar, de ser útil, mesmo sem muito tempo, sem muito dinheiro.
Lembro da minha infância, e sei que tiveram pessoas que marcaram de forma muito positiva essa fase da minha vida. Coincidência ou não...essas mesmas pessoas não me deram brinquedos ou roupas. Me entregaram algo muito maior, carinho, proteção, brincadeira, atenção...
Eu quero sim, adotar. Mas quero muito mais, quero estar perto dessas crianças, quero participar da vida delas, quero permitir que elas tragam pra minha vida todo amor e ensinamento daquele dia de visita, muitas e muitas outras vezes.
Marido não foi comigo na primeira visita, e quando contei sobre o pequenino de 2 anos, ele chorou...ficou chateado e disse que ainda não se sentia preparado pra ir lá.
É preciso esperar, amor precisa ser expontâneo, sempre. O meu momento com aquelas crianças chegou, o dele ainda não. É tempo de espera.
Fui na consulta com a médica especialista em reprodução humana. Foi ótimo. Muitas dúvidas esclarecidas, muitos exames pra fazer. E posso dizer que a competência dela me deixou muito segura e que pela primeira vez encontrei a pessoa certa pra me ajudar nessa caminhada...
Saí de lá muito bem, sem qualquer sensação de derrotismo que já senti com outros médicos.
A menstruação atrasada, exames pra fazer no terceiro dia do ciclo, exames pra fazer quinze dias antes da próxima menstruação, exames pra fazer logo que a menstruação terminar.
Mesmo assim, nenhum grau de ansiedade, não fiz teste nenhum de farmácia e nem pensei em beta. É tempo de espera.
E ontem a noite a menstruação desceu, bonitinha e sem me matar de cólica, e eu esperava por ela. Não como quem espera uma visita indesejada, assim numa boa. E fiquei felizinha e ainda gritei do banheiro "que bom amor, menstruei, sexta feira vou fazer o primeiro exame"
O tempo já não é mais um problema pra mim, não mesmo. O mundo não está parado, a vida em constante movimento me faz pensar que tudo está exatamente no lugar onde deve estar. O tempo é meu aliado, enquanto ele passa o meu casamento vai melhor a cada dia, eu estudo mais, eu vejo a minha sobrinha crescendo lindamente, preparo mais o meu corpo, a minha casa, o meu espírito, e vou curtindo, vou sonhando, vou seguindo com fé.
É tempo de espera!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nós vamos levar o teu marido...

Minha irmã, cunhado e sobrinha moram no mesmo prédio que marido e eu. Pra ser mais exata, no apartamento de cima.
É constante por aqui o sobe e desce de escadas, o entra e sai de portas, almoçamos aqui, jogamos carta lá, vemos televisão aqui...e assim vai. Mas cunhado não está aqui essa semana, viajou para Florianópolis a trabalho. Ontem jantando aqui em casa minha irmã brincou "bah cunhado, não queres ir lá em casa e tirar alguma coisa fora do lugar, deixar as roupas espalhadas, meias pela casa...também preciso que arrume a torneira que começou a vazar, o apartamento está com problemas na tubulação do gás...vamos dividir, um dia tu fica aqui, o outro fica lá em casa"
Eis que a Catherine no alto dos seus quatro anos, com a cara mais safada do mundo diz: "viu dindinha, nós vamos levar o teu marido"

Agora desabafo sério....

Estou doente, bichada mesmo, zica total....uma gigante infecção urinária, dor, muuuuuita dor.
A febre vai e volta. Tentei remédios que não me fizessem mal para o estômago, não funcionaram. Precisei tomar antibiótico, como eu já tive úlcera, com o efeito colateral do remédio o meu estômago se foi...completamente enjoada, cabeça explodindo e nenhuma parte do corpo sem doer.
Pra arrematar com chave de ouro, não dormi nem dez segundos, insônia total, pra meu desespero!
Não estou bem, não mesmo...

Quando passar eu volto, pra contar como foi a visita no orfanato.

Eu sei que vaso ruim não quebra fácil...mas tô com medo!!

Beijos

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amor maior que eu...

Chega de tanta injustiça
de castigo e confusão!
Vou pra casa da vovó,
não tem outra solução!

Estou mesmo decidido
e pra sempre eu me mudo.
Aqui eu não posso nada
e por lá eu posso tudo!

Posso comer chocolate,
posso até me empanturrar.
Posso comer sobremesa
até antes do jantar.

Mesmo que eu faça bagunça,
vovó não briga comigo.
Se eu beliscar o irmãozinho,
vovó não me põe de castigo!

Vou fazer a minha mala,
meus brinquedos vou levar.
Vou levar o meu cachorro
e o meu jogo de armar.

Vou levar meu travesseiro,
levo também meu pião,
pego os meus livros de história
e as bonecas do coração.

Levo as coisas que eu gosto,
pra ter tudo sempre a mão:
levo também o papai,
a mamãe e o meu irmão!

Autora: Ana Canéo

Quando eu tinha três anos, na pontinha dos pés, as pernas curtinhas ainda não alcançavam a penteadeira. Eu me esforçava pra enxergar, era lindo...colares, anéis e pulseiras, tanto brilho, tanta cor...a pergunta, no auge da inocência infantil foi inevitável: "Vó quando a senhora morrer, deixa isso tudo pra mim?"
A resposta veio de pronto: "Deixo sim, mas terás de esperar muito ainda"
Na vida os amores se vão....é assim inevitavelmente, e de todos os amores que se foram, o teu amor é o que mais me faz falta, e dói assim, uma dor doída e difícil de explicar.
Eu não tive "vovó de cadeira de balanço" eu tive vó vaidosa, cabelos sempre arrumados, unhas sempre impecáveis.
A melhor sopa do mundo, ainda ontem chorei....fui fazer a sopa, e não sabia o que por na panela, aí lembrei....se eu pudesse te ligar.....
Hoje é teu aniversário, e eu preciso lembrar o quanto ganhei, foram 24 anos de convivência, de amizade, de amor. A cada dia tua imagem fica mais nítida pra mim, é estranho, mas não te perco na minha memória. Acho que é assim, quando alguém está dentro do coração.


terça-feira, 13 de abril de 2010

Ele anda rondando...

Chamem como quiser, cara dos milagres, coelhinho da páscoa, energia cósmica, Deus... a verdade é que sempre que estamos perto de desistir e jogar a toalha, quando a gente pensa que não dá mais...Então a força chega, ela impulsiona e mostra o caminho.
Cada um vive atrás de seus sonhos, e não dá pra esquecer que "o cara dos milagres" pode ser responsável por somente 50% do que quer que seja, dos outros 50% precisamos cuidar nós.
E dá pra ter medo sim, dá pra pensar em desistir, muitas vezes, muitas...mas não dá pra deixar de acreditar nos sonhos.
Enquanto a gente ainda acreditar, eu acredito que a vida continua...
A Than começou uma viagem nova, o rumo é ao desconhecido, porém desejado, sonho acalentado com carinho...carinho de mãe.
Pés pequeninos, mãos ainda menores, cheirinho de recém nascido...
Que felicidade Than, parabéns! A magia de gerar já começou com você, que bons ventos te levem sempre, que a vida seja sempre e cada dia renovada, amada e vivida com a intensidade que merece...
Os sonhos PODEM se realizar, desejo essa magia a cada uma de vocês!
Um beijo com carinho a cada uma de vocês, ah, e dois beijinhos para a Than!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Marido, filho do coração e cai cai balão.

Marido me abraçou ontem à noite e perguntou se eu estava feliz...devolvi a pergunta, não lembro do contexto, mas acho que ele respondeu que só faltava o filho. E que ele sabia que tinha duas maneiras pra ele chegar, que a adoção era opção sim, mas que também gostaria de continuar tentando.
O que realmente eu não sei, é se continuarei tentando sem me preparar para adoção, eu tenho consulta com uma especialista em reprodução humana no dia 23 de abril, até lá estou lendo bastante sobre adoção, sobre o processo jurídico e sobre um montão de coisas que envolvem o tema.
E digo que mesmo que a gravidez aconteça eu não vou abrir mão de adotar, não adianta, esse filho que eu nem gerei, já mora no meu coração tanto quanto o desejo de engravidar!
Eu nunca quis mesmo só um filho. Irmãos são dádivas, são presentes que nem sempre recebemos bem no primeiro momento...mas ao longo da vida, quando já somos suficientemente grandes para reconhecer a sua importância, acho que nenhum presente que nossos pais nos deram será tão precioso quanto a presença de um irmão!
E por último, ontem minha sobrinha que já tem 4 anos, dormiu aqui em casa com a gente. A pequena passou o dia amuadinha, febrão, dor no ouvido, marido e eu nem saímos pra ir em uma janta por conta disso, ficamos em casa caso minha irmã ou cunhado precisassem de alguma ajuda.
Todos jantamos no nosso apartamento, minha irmã e meu cunhado foram para o apartamento deles, mas minha sobrinha quis ficar. Assisti com ela o filme da Branca de Neve (AMO) e depois colocamos ela pra dormir no outro quarto....Hoje acordamos ao som de "cai cai balão, cai cai balão, aqui na minha mão" vindo do quarto ao lado. Eu abro os olhos e penso "isso é felicidade"

Beijo!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Minha necessidade de ser mãe.

Eu tenho tentado me entender (missão difícil) tenho buscado dentro de mim o que move essa necessidade de me tornar mãe.
Eu vejo que eu quero gerar bebê, quero muito ser responsável por ele durante os nove meses de sua formação. Quero sentir os chutes, quero ouvir o coração, quero ouvir o médico dizer: "O bebê é........" transformar meu mundo em azul ou rosa, e em todas as cores do universo, pois este dia certamente trará mais cor para toda a minha vida...e sinceramente...saber que tanto faz, porque depois dessa longa espera, o que importa é ter alguém na barriga pra chamar de filho, não importa...menino ou menina.
Mas então eu comecei a sentir dentro do meu coração, quero mais: quero mãos pequeninas para segurar, quero dar colo e cuidar de feridas, quero jogos, quero danças, quero bolachas recheadas, quero suco de laranja espremida, quero ensinar o certo, quero reunião em escolinha, quero um grito que chame: mããããããããe.
E vi que isso não depende de uma gestação.
O meu coração quer um filho, meu coração quer mais do que o meu corpo. Talvez por isso eu não possa esperar, eu quero um filho mais do que pra gerar, quero um filho para amar.
O amor pode nascer da barriga, mas é dentro do coração que ele cresce!
Tem algum tempo que a idéia mora em mim, eu já li a respeito, já me informei, já conheço o caminho jurídico.
Já falei algumas vezes com o marido sobre isso, nada foi descartado, nem concluído. Deixei a idéia, mas não quero exercer nenhum tipo de pressão sobre o assunto. É mais sério do que gerar um filho. Eu fiz, logo, eu amo. Mas adoção é concessão de amor, é permitir amar e ser amado por outro, que venha ou não de dentro de nós! E concessão tem a ver com entrega, precisa ser expontâneo, precisa crecer no coração.
Nesses dias eu tenho pedido "que a vida me leve pra onde eu devo ir"
Beijos

quarta-feira, 31 de março de 2010

Baita palhaçada!

Seria cômico se não fosse trágico...monstra atrasadíssima, nada, eu disse NADA de cólica, pequenas fisgadinhas era o máximo que eu estava sentindo por esses dias!
Me senti mega enjoada, cheguei a vomitar na madrugada. Então hoje pedi para o marido comprar o teste, deixei ele sair pra trabalhar e fui fazer o xixi mais esperado da semana.
Aquela primeira listrinha apareceu...esperei...esperei...esperei...
Obviamente mais nada aconteceu.....chorei....chorei....chorei....
Aí chorei mais um pouco de raiva de ter chorado, aí tomei um banho, e bora mexer o bolo que a fila tá andando!
Fui fazer compras de páscoa, aproveitei e me dei uma calça e duas novas blusas...e finalmente a monstra desceu!
Lógico, não poderia ter vindo ontem, ou hoje antes do teste. Eu já entendi, a pessoa precisa tomar o negativo na cara primeiro!!
E como não existe futebol sem bola, piu piu sem frajola, também não existe monstra sem cólica!!! Me revirei do avesso de tanta dor, aquela que por esses dias não passou de pequenas fisgadas!
Então 11 ciclos com este...medo, melhor não pensar!
Enquanto isso vou levando a vida assim, se cobrir vira um circo, e se cercar vira um hospício!

Beijos

sexta-feira, 26 de março de 2010

Corações unidos pelo positivo!

Ai gente, gente, gente!!!!
Tantas amigas esperando o positivo, loucura total! Eu piro por mim...e piro por vocês! rsrsrs
Acreditando total em um positivo coletivo, aí todo mundo compra passagens e voa para Buenos Aires comemorar com a Carol, todas pançudas! Loosho puro! rsrsrs
E que medo né, de fazer o exame, de ver o negativo e principalmente de logo depois a monstra aparecer gritando uuuuhhhhhaaaaa...
Eu vou fazer o exame na Quarta, se ela não me visitar ainda no final de semana, já está atrasadinha, mas estou dando aquela "margem de erro" rsrsr pra não ficar tão iludida (ou mais iludida ainda) fazer o exame, ganhar o toma que te mandaram e ver a monstra logo nas horas seguintes! Isso já me aconteceu, e nem precisa comentar o sensação, ela é bem clara e marcante para a maioria das treinantes!
Sabe o que é engraçado, minha mãe sempre me disse que mulheres que moram juntas começam a desenvolver a tendência de ovularem e menstruarem em períodos muito próximos! Será que mulheres que blogam juntas também desenvolvem a tendência??? rsrsrs
É isso então, amigas de ovulação, de período fértil, (de monstra jamais) e espero que de barrigas!!! Estamos juntas nessa, no sentido literal da frase! rsrsrs
Carol, Naty, Alê, Than para o alto e avante!!!
Beijos! (e post certamente todos os dias!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Acendeu o pavio da bomba!

É isso mesmo, que este mês eu resolvi relaxar (aham) larguei cálculos e fórmulas matemáticas de mão. Nem contei data pra monstra nem nada...
Eis que por essa razão eu evitei postar e também comentar no blog das amigas, mas eu não contava com o post da Naty, falando justamente sobre o atrazo e possível "escorregão milagroso" Aí lembrei "quando será que a "beleza" vai chegar por aqui?" Putz....falta pouco....deve ser antes mesmo da páscoa!!!!
Foi dada a largada, acendeu o pavio da bomba! Aconteceu a transformação, de total relaxamento (aham) á poço profundo de ansiedade e angústias.. a cada fisgadinha um medo que ELA chegue, feia, terrível, "indesejada gente das gentes"
Não quero criar esperanças "fake" mas agora foi...então é sijogar no conselho da Carol e deixar a ansiedade me possuir! (ui)
E ficar aqui torcendo para o coelhinho (vai que ele é o cara dos milagres fantasiado, nunca se sabe!) ou o Deus dos espermas...nem sei mais pra quem apelar....Nunca desejei tanto que o fim de semana voe e traga logo a Segunda!
Beijos

sexta-feira, 12 de março de 2010

A felicidade chegando...

Andava largada por aqui, me arrastando, sem coragem, sem vontade...




Aí eu lembrei "Enquanto Isso"




E foi assim, na Sexta comecei uma dieta, na Terça despretensiosamente eu me pesei e então menos 1,5Kg!




E foi quando eu limpei a casa, abri as janelas e deixei o sol entrar!




E foi por isso que uma aula que prometia ser um tédio foi bacana, e pela primeira vez a turma é simpática!




E foi então que passei a tarde com a mamãe!




E foi pela lembrança que mandei mensagem pra sogra, ela ficou feliz, e eu também!




E foi de repente que o telefone tocou, marido feliz foi promovido! Ganhou aumento!




E foi lindo, jantinha em família pra comemorar.......





E é mágico os dias que meu casamento está vivendo, amar talvez seja isso...descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz!



Os céus ouviram as minhas preces, uma amiga me entregou a resposta: " Enquanto isso eu vivo e faço a minha existência valer a pena. Enquanto isso eu me preparo e cuido do ninho. Enquanto isso eu invisto tudo o que tenho nos interesses, passeios, diálogos, sentimentos, tudo, tudo, tudo com o cara que escolhi para ser meu parceiro nisso e em todo o resto"

"Sabe onde esses lindos bebês ficam guardados... escondidinhos de nós... certamente ficam nas mãos de Deus... recebendo carinhos e canções. Deus cuida dos nossos sonhos, embora no atual presente parece que Ele diga "não", na verdade Ele esta somente sussurando um "sim, teu sonho vem e sera real um dia, enquanto isso ele descansa amado em minhas mãos"

Obrigada amiga-irmã.

A Felicidade vem vindo, e eu não forço para que seja como eu quero, apenas acolho a sua chegada, quando menos espero.

Hoje qual a felicidade que você tem diante dos olhos? Merece um sorriso? Não pense duas vezes...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Meta-se com a sua vida!!!

Eu descobri o que me incomodava a algum tempo... desde que mudei de GO, e o fiz apenas por incompatibilidade de agendas, pois minha antiga médica era ótima, mas a agenda dela era péssima! Várias vezes em que precisei de um encaixe ou consulta rápida a espera era interminável, por essa razão decidi mudar de GO.
Nós mulheres sabemos o quanto é complicado encontrar um bom ginecologista, imagina então um GO...eu quase fiz uni-duni-tê no livrinho do convênio.
Por sugestão de uma amiga fui na médica que ela vai. Que erro, mil vezes que erro!!!!!
Ela havia me avisado que a criatura não era lá muito simpática, até aí tudo bem.
Se o médico for competente, se for didático, se for interessado, pra mim já está de bom tamanho!
Mas não, ela não mostrou as canjicas. Durante a consulta inteira não deu um sorriso, nem pra quebrar o gelo! Eu cheguei a pensar que a mulher fosse banguela, que não tivesse dentes!
Quando eu sentei em seu consultório as perguntas de praxe: idade, profissão, casada, e finalmente, em que poderia ajudar.
Foi quando durante a pesagem e medição da altura eu falei que estava casada havia sete meses e que estávamos querendo engravidar, mas até o momento nada tinha acontecido.
Ela fez a maior cara de "sai daqui criança" e me disse: Mas jáááááá, muito cedo, muito nova e recém casada, vai aproveitar a vida!
Eu precisei me engolir umas cem vezes pra aguentar aquela bruxa!
Ela então disse que não precisava fazer nada, que era só esperar e que pelo exame de toque eu já devia estar "às portas da ovulação"
Como eu sou chata, muito chata, insisti em pedir pelo menos exames comuns, pra verificar taxas hormonais, hemograma...
Muito a contra gosto ela requisitou os exames que EU pedi, e eu ainda salientei que queria SIM engravidar, e se devia tomar ácido fólico, ao que ela respondeu com pouco caso "É bom".
Disse ainda, o único problema que tens é ansiedade, mais nada!
Sem nem ao menos verificar um exame, sem me conhecer.
E fim! Final de consulta com uma "profissional" que deveria me orientar, solicitar exames e jamais em momento algum poderia expressar a própria opinião sobre o que ela pensa que eu deveria fazer da minha vida!
Ela não é minha amiga, não fui em um encontro num bar, e não pedi pra ela opinar no que seria melhor pra minha vida conjugal!
Se eu tivesse dúvidas sobre engravidar, eu conversaria com o meu marido, com a minha mãe, com uma psicóloga. Eu não iria até um consultório médico perguntar "Dr. a senhora acha que esse é o melhor momento pra eu engravidar?"
Eu fiz os exames, o hemograma, os exames hormonais e uma ecografia transvaginal que quase precisei arrancar dela "a tapas" mas a realidade é que desanimei, não voltei lá pra mostrar os resultados, meu pai mostrou para o médico dele, um nefrologista que é um amor de pessoa, e inclusive teve a boa vontade de escrever atrás dos exames que estava tudo bem, e que eu não precisava me preocupar.
Aí eu fiquei pensando, já fiz esses exames tem mais de três meses, eles ficaram aqui em casa, tudo porque essa GO não teve o mínimo de profissionalismo, de sensibilidade e eu fiquei melindrada por isso!
A gente se acostuma com opiniões a todo momento, sempre tem alguém que sabe o que é melhor pra vida da gente, e essas pessoas, as mesmas que tem as soluções para todas as questões existênciais, são normalmente aquelas que mais tem problemas pessoais.
Talvez porque perdem um tempo absurdo das suas vidas tentando "encontrar soluções" para a vida dos outros!
Eu sempre aprendi que se não posso melhorar aquilo que está em silêncio, então devo ficar calada.
É natural expressar opinião, a gente faz isso o tempo todo, mas é necessário ter o cuidado de respeitar as outras pessoas. O que é melhor para uns, não se encaixa necessariamente a vida de todos!
Se alguém lhe perguntar, responda. Se sua opinião for solicitada, você pode responder com sinceridade.
Caso contrário, META-SE COM A SUA VIDA!

Não tenho postado, mas visito vocês com frequência!
Beijos muitos!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Limites

Eu não faço qualquer coisa para engravidar!

Eu confiro período fértil
Eu treino
Eu permaneço deitada depois...
Eu torço muito, muito!

Mas não

Não topo sexo sem vontade alguma somente para fins procriativos
Não faço medição de TB
Não faço simpatia
Não faço oração pra tudo quanto é santo

E explico o motivo, antes de escolher ser mãe eu escolhi ser esposa, e no dia
em que tomamos essa decisão, marido e eu, ali começou a nossa família.
Ela não depende de um bebê pra existir, ao contrário, precisamos manter
uma relação de amor e muito respeito pra que o nosso filho sinta que ali
existe uma família!
Então se não estamos com vontade ou cabeça pra treino, não rola. Eu não
quero que a nossa relação como marido e mulher seja somente isso...
Eu uso métodos tradicionais (pelo menos por enquanto por não ter nenhum
problema sério diagnosticado) controlo meu período fértil, tomo ácido fólico...
mas não quero "apelar" a tudo quanto é método, vou tentando aos poucos pra
não ficar mais atucanada e encucada do que é necessário.
E por último, eu rezo sim, pra que Deus escolha o momento certo na nossa vida
pra mandar esse bebê.
E rezo pra ter paciência de esperar, pra que eu não me sinta frustrada e pra que
eu saiba ter gratidão por todos os tesouros que eu já tenho na minha vida!
Isso não impede a minha tristeza diante de um negativo, mas isso me ajuda a ter maturidade
pra entender que não posso e não devo controlar tudo.
Se eu não aprender isso agora, como posso ensinar isso ao meu filho??
Um novo ciclo está aí, vou fazendo a minha parte...quem sabe...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quantas pílulas tomei?

Eu começo a acreditar que engravidar é inversamente proporcional a estar preparada para isso,

ou seja, quanto mais planejamos, fazemos contas, arrumamos a casa, cuidamos do corpo... mais

difícil se torna engravidar!

Quantas meninas ou mulheres vemos por aí, que não desejam um filho, não planejam...querem apenas curtir seu momento de solteiras, de namoro, ou de casamento sem filhos, e de repente, PUF o filho simplesmente acontece!

Eu como muitas meninas, fizemos tantos planos, cumprimos uma porção de "obrigações" pré maternidade e quando desejamos o filho tão sonhado, ele não chega.

Aí o título deste post é porque sempre escutamos falar que mulheres que tomam pílula anticoncepcional durante muito tempo podem ter dificuldade para engravidar.

E eu, quantas pílulas tomei na vida? Nenhuma, nenhuminha...

Fiz tudo certinho, e já são 8 meses de tentativas frustradas.

Deve ser chato ficar lendo isso meninas, eu sei, mas vocês se tornaram as melhores confidentes

que eu poderia ter, pois muitas de vocês conseguem compreender o que me angustia.

E se alguma de vocês tiver como me ajudar, eu queria entender melhor o meu ciclo e já conversei com o GO, mas mesmo assim ficaram dúvidas.

Veja bem, meu ciclo estava certinho, em 28 dias porém, no mês de novembro atrasou a monstra em 1o dias (o que segundo o GO pode ter acontecido por fatores emocionais que interferem no ciclo)
Novembro: monstra esperada para dia 14 ... veio dia 24 ... parou de vir dia 28
Dezembro: monstra esperada para dia 28 ... veio dia 27 ... parou dia 31
Janeiro: monstra é pra vir dia 28? certo? e se for assim mesmo, qual é o meu período fértil esse mês??
Fico com dúvidas, estou contando certo??
Alguma de vocês me socorre??